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PERDOAR A SI MESMO
“Vinde a mim, vós todos que estais aflitos sob o fardo, e eu vos aliviarei.” (Mt 11,28)
Em momentos de desespero, desânimo e tentação, geralmente fazemos escolhas erradas, algumas delas podem ecoar pelo resto de nossas vidas, nos privando de situações e pessoas que talvez nunca mais voltem a confiar em nós.
Perdoar a si mesmo não significa se isentar da responsabilidade dos próprios atos e das consequências geradas por esses desacertos, mas do contrário, é assumi-los diante de si mesmo, daqueles a quem machucamos e de Deus.
Encarar a própria miséria, tal qual ela é, sem máscaras ou justificativas pode ser uma experiência extremamente difícil, ao se contemplar o rastro de destruição deixado pela tempestade emocional, a culpa pode levar ao desespero, uma porta de entrada para morte física e espiritual.
Vejamos dois grandes exemplos que a Bíblia nos indica: Pedro e Judas. Dois discípulos amados pelo mestre, duas traições preditas, duas reações diferentes.
Ao perceber o que fez, Pedro fica sem chão e “rompe em soluços” (Mc 14,72), chora amargamente a dor de traído o amor da sua vida, mas ao mirar os olhos do Senhor sente-se amado e acolhido, o olhar de Jesus não é de condenação ou ira, mas de uma pacífica misericórdia, a culpa se transforma em arrependimento que salva.
Enquanto isso Judas se isola, ele acha que seu crime é grande demais para ser perdoado e foge do olhar do Senhor, “tomado de remorsos” (Mt 27, 3-5) tira a própria vida, a culpa se transforma em desespero que mata.
Diante dessas duas situações fica o questionamento, como você está lidando com o fardo da culpa?
Se estiver fechando-se em si mesmo e fugindo da realidade, cuidado! Foi essa atitude que destruiu a vida de Judas.
Mas existe um outro caminho, e a Santa Palavra nos garante algo libertador a seu respeito: “ De agora em diante, pois, já não há nenhuma condenação para aqueles que estão em Jesus Cristo.” (Rom 8, 1).
A culpa pode ser vencida através de uma experiência de fé!
Ao se aproximar do Pai com humildade e coração aberto através da oração, toco em uma linda realidade: Sou amado, e todos os meus erros juntos não passam de um grão de areia diante da imensidão de sua misericórdia! O próprio Deus me aceita e perdoa em Jesus Cristo, mesmo se aquelas pessoas a quem eu machuquei ainda me culpem, o perdão que vem do Pai não depende delas, mas do arrependimento sincero do meu coração!
Quem não perdoa a si mesmo dificilmente sente o perdão e o amor do próprio Deus, portanto não perca mais tempo, não se esconda mais do Senhor! Entregue seus fardos a Ele e encontrarás alívio e sabedoria para lidar com os conflitos interiores!
No início deste novo ano quero lhe dar um precioso conselho: LIVRE-SE DA CULPA!
O único, verdadeiro e justo juiz dos corações não te condena, não faça isso por conta própria!
Eu tenho um coração, mas sou contradição… só Deus acerta sempre! (Pe. Zezinho)
Ricardo Oliveira, Vida, Espiritualidade e Música
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